Prefeitura do Rio esclarece que bebês reborn não têm direito ao Programa Cegonha Carioca

A Prefeitura do Rio esclareceu nesta semana que os bebês reborn, apesar da aparência realista, não serão incluídos no Programa Cegonha Carioca, que é voltado exclusivamente para gestantes e recém-nascidos reais. O comunicado foi divulgado nas redes sociais, após o aumento de vídeos de influenciadoras que simulam maternidade com bonecas de silicone. O programa é mantido em unidades de saúde da cidade e busca garantir cuidado e acolhimento a mães e bebês de verdade, por isso não irá atender brinquedos, mesmo que usados com fins terapêuticos.

As bonecas reborn têm ganhado espaço nas redes sociais, sendo tratadas como filhos por colecionadoras e mães que vivem experiências de luto ou busca por afeto. Algumas chegam a levar as bonecas ao hospital, simulando atendimento médico, o que chamou atenção dos profissionais da saúde. Apesar do uso emocional ou terapêutico reconhecido por psicólogos, a Prefeitura reforçou que os serviços de saúde pública devem priorizar casos reais, por questão de recursos, logística e responsabilidade social.

Enquanto isso, o tema segue em debate entre políticos. Um projeto na Câmara de Vereadores quer criar o “Dia da Cegonha Reborn”, para homenagear artesãs e pais afetivos dessas bonecas. Já na Alerj, há proposta para criar um programa de apoio psicológico para quem cuida de reborns, com foco em saúde mental. Mesmo com essas discussões, o posicionamento da Prefeitura é claro: o Cegonha Carioca continuará voltado apenas para gestantes e bebês de carne e osso.

Por: João Pena
Foto: Arquivo Portal Onbus