Bolinho de bacalhau da Cadeg causa fila na porta e tem sabor de tradição

No Cantinho das Concertinas, por exemplo, o bolinho é feito com receita familiar guardada a sete chaves há cerca de 30 anos.

— É a mesma desde sempre, passada de geração em geração. E, como a palavra mesmo diz, segredo é segredo — brinca a proprietária Natalia Cadavez.

Segundo ela, a qualidade da batata é um dos pilares. — Nossos clientes dizem que o bolinho parece que nem tem batata. É meio a meio, mas o sabor do bacalhau se destaca muito.

No Do Penna, o segredo está no frescor. São cerca de dois mil bolinhos vendidos só aos sábados.

— A massa é feita todo dia com Gadus Morhua (tipo de bacalhau), batata asterix, salsa fresca e azeite extravirgem — detalha o gerente Zé Roberto.

Em sua opinião, o reconhecimento como patrimônio cultural imaterial, ocorrido no dia 30 de abril, é motivo de orgulho.

— É maravilhoso ver algo tão tradicional receber esse título — afirma.

Já no Empório Gourmet, o gerente Jorge Baptista reforça que a receita também é fiel às origens há quase duas décadas.

— Usamos produtos de primeira e fritamos na hora. Crocante por fora, macio por dentro — garante.

Nos fins de semana e feriados, é comum ver clientes formando fila para garantir o petisco quentinho.

No Brasas Show, o gerente Wagner Aguiar resume:

— Mais bacalhau do que batata e muito carinho. Vendemos mais de dois mil em um único sábado.

Ele revela que a receita passou por adaptações até chegar ao sabor atual, mas que o ponto alto está na matéria-prima: o puro bacalhau Morhua.