Ministro tenta isentar governo Lula por fraudes no INSS e diz que escândalo começou entre 2019 e 2022

O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou nesta quinta (15), no Senado, que fraudes em descontos indevidos do INSS ocorreram entre 2019 e 2022, antes do atual governo. Ele responsabilizou mudanças legislativas da época, que afrouxaram a revalidação de autorizações para descontos em aposentadorias e pensões.

Segundo Wolney, o fim da revalidação anual permitiu a entrada de associações fraudulentas no sistema. Em 2022, essa exigência foi extinta de vez pelo Congresso e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro.

O ministro se desvinculou das indicações feitas por seu antecessor, Carlos Lupi, e prometeu ir “às últimas consequências” para apurar os casos. Os descontos ilegais saltaram de R$ 536 milhões em 2021 para R$ 2,6 bilhões em 2024.

Wolney foi convocado por senadores da oposição e rebateu as críticas, afirmando que as fraudes não começaram na gestão Lula.

 

Por: André Zamora

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados