Grupo é flagrado em ato sexual no Arpoador e vídeo levanta suspeita de propina para PMs

Vídeo divulgados nas redes sociais mostram um grupo de pelo menos cinco pessoas sendo abordados por um agente da polícia militar. O grupo estaria praticando sexo na Praia do Arpoador. Um dos envolvidos aparece despido, enquanto o policial o ilumina com uma lanterna, pois a ocorrência ocorreu à noite. Em seguida, os agentes teriam alegado ter recebido propina para libertá-los. Ao ser contatada, a empresa afirma que irá examinar as imagens.
A Polícia Militar pontua, no entanto, que “não houve qualquer comunicação formal ou representação nesse sentido até o momento” ao comando do 23º BPM (Leblon), em referência à suposta propina. Nos vídeos, o policial aparece com o uniforme utilizado nas praias do Rio: camisas de manga comprida, de cor fluorescente.
Com uma lanterna em mãos, o agente aborda o grupo. Em seguida, um dos abordados aparece com o que parece ser uma carteira, enquanto o policial segura um celular. É possível ouvir no vídeo populares afirmando que se tratava do pagamento de propina, seguido por gritos de “Libera!”.
No último réveillon, a Praia do Arpoador foi cenário do que ficou conhecido como “Surubão do Arpoador”. Na ocasião, cerca de 30 participaram do sexo e registros do ato viralizaram nas redes sociais. Na ocasião, uma investigação foi aberta pela 14ª DP (Leblon) para identificar os envolvidos.
Uma das tentativas da investigação foi de se chegar aos envolvidos a partir da técnica de reconhecimento facial, mas essa linha investigativa foi abandonada. O motivo é que a ferramenta não forneceu elementos seguros para se indiciar alguém, sem cravar um perfil. Comerciantes da área e moradores foram ouvidos. Imagens de monitoramento de forças de segurança, que foram geradas no réveillon, também foram usadas na investigação. Apesar de o grupo flagrado ser extenso, a polícia calcula que entre 10 e 15 deles praticavam sexo.
De acordo com a polícia na época, a maioria dos participantes do ato eram de fora do Rio: estrangeiros ou moradores de outros estados. Desta vez, no caso que tomou as redes nesta semana, a Polícia Civil indica que as informações virão via Polícia Militar.
Por: Carolina Sepúlveda
Foto: Reprodução / X