Arremesso de celulares e drogas sobre muros vira estratégia em presídio de Bangu

O Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, tem registrado arremessos de celulares e drogas por cima dos muros, que superam seis metros de altura. Desde 2018, 18 tentativas foram identificadas, sendo nove só neste ano, com cinco interceptadas pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Os arremessos ocorrem durante a madrugada, em horários de pouca vigilância, com a participação de presos e jovens cooptados por facções. A Seap informou que três pessoas foram presas neste ano por essa prática. Em resposta, o órgão realizou um pregão para modernizar os bloqueadores de sinal dos presídios fluminenses.

Além disso, a Seap apreendeu 110 celulares em uma única operação em fevereiro. O estado planeja implantar novos bloqueadores até 2026, com custo de até R$ 464 milhões. O número de visitantes flagrados tentando entrar com ilícitos escondidos também triplicou entre 2021 e 2024.

 

Por: André Zamora

Foto: Reprodução/Extra