MPT pede R$ 1,3 milhão para trabalhador mantido em condição análoga à escravidão em MG

O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu que um trabalhador de 32 anos, mantido em condição análoga à escravidão por nove anos em Planura (MG), seja indenizado em R$ 1,3 milhão. Três homens, de 57, 40 e 24 anos, são acusados de aliciar e explorar a vítima com promessas de moradia, alimentação e estudo.

O valor inclui R$ 300 mil em verbas trabalhistas e R$ 1 milhão por danos morais. O MPT também cobra R$ 2 milhões por danos morais coletivos. “A grosso modo, a indenização por dano moral individual é uma reparação revertida diretamente à vítima, e a indenização por dano moral coletivo é revertida para a sociedade”, explicou o auditor fiscal Humberto Monteiro Camasmie.

A vítima, que é homossexual, foi violentada física, psicológica e sexualmente, e forçada a tatuar as iniciais de dois dos patrões como “símbolo de posse”. Uma mulher transexual e uruguaia, de 29 anos, também foi resgatada na mesma operação.

Os três suspeitos, que formavam um trisal, estão presos na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba, por tráfico de pessoas e trabalho análogo à escravidão.

Por: Maria Clara Corrêa

Imagem: MTE/Divulgação