Ministério Público solicita prisão preventiva de PM aposentado que atirou em universitário

O policial reformado militar Carlos Alberto de Jesus teve a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), após duas tentativas de homicídio duplamente qualificado. A mulher dele, Josilene da Silva Souza, foi denunciada pelo crime de falso testemunho.
Carlos Alberto atirou contra o estudante de jornalismo Igor Melo de Carvalho, de 31 anos, e o mototaxista por aplicativo Thiago Marques Gonçalves, quando os dois trafegavam pela Rua Irani, na Penha, na Zona Norte. O ex-policial acreditava que eles haviam roubado o celular de sua esposa. O universitário foi baleado, perdeu um rim e teve o estômago e o fígado perfurados pelo disparo.
O crime aconteceu na madrugada do dia 24 de fevereiro deste ano, quando Igor voltava para casa ao sair do bar em que trabalhava como garçom. Ele estava voltando por um aplicativo de moto, onde Thiago era o motorista, e durante o trajeto eles foram surpreendidos pelo PM aposentado. Carlos Alberto de Jesus atirou contra a moto após Josilene Silva acusar sem provas a dupla ter roubado seu celular.
Igor e Thiago, o mototaxista, foram presos injustamente por roubo e tiveram as prisões relaxadas pela Justiça. Um dia após a prisão, o ex-PM deu uma nova versão para o caso e disse ter feito os disparos após achar que estava em perigo ao notar um movimento brusco que teria sido feito por uma das duas vítimas.
Josilene prestou depoimento à polícia afirmando que uma das vítimas teria tentado sacar uma arma antes dos disparos. A falsa declaração levou à prisão equivocada dos dois homens. Posteriormente, a mulher apresentou outras versões contraditórias dos fatos, o que levou a arquivar o caso de acusação das vítimas.
Por: Maria Clara Corrêa
Imagem: Reprodução