Moraes concede prisão domiciliar a missionária presa por atos de 8 de janeiro

A missionária Eliene Amorim de Jesus, de 28 anos, deixará o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou nesta sexta-feira (4) a conversão da prisão preventiva em domiciliar. A medida impõe uma série de restrições, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e o cumprimento de medidas cautelares.

Presa em decorrência da participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, Eliene será monitorada de forma remota e estará proibida de usar redes sociais, conceder entrevistas, manter contato com outros investigados e receber visitas, com exceção de pais, irmãos e seu advogado. A soltura está condicionada à instalação imediata do dispositivo eletrônico.

Natural do interior do Maranhão e vinculada à Assembleia de Deus Campo Miracema, Eliene atuava como missionária, manicure e cursava Psicologia. Ela foi mencionada no discurso do pastor Silas Malafaia durante manifestação realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (6).

A defesa da missionária é conduzida pelo mesmo advogado que representa Débora dos Santos, também beneficiada com prisão domiciliar após dois anos presa por pichar uma estátua com batom. Ambas respondem na Justiça por crimes como associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público.

 

 

Por: André Zamora

Foto: Divulgação