Estudo aponta que uso de celular antes de dormir aumenta risco de insônia

Um estudo norueguês com mais de 45 mil estudantes revelou que o uso de telas na cama está associado a um aumento de 63% no risco de insônia e uma redução de 24 minutos no tempo de sono. Realizada em 2022, a pesquisa destaca que, embora não prove uma relação de causa e efeito, o tempo de exposição às telas, como redes sociais e outras atividades digitais, é um dos principais fatores para a piora da qualidade do sono. Especialistas sugerem evitar dispositivos antes de dormir e adotar rotinas relaxantes para melhorar o descanso.

A Dra. Gunnhild Johnsen Hjetland destacou que o tipo de atividade em tela tem menos impacto que o tempo total de exposição ao dispositivo, com uso excessivo de telas sendo o principal fator para a piora do sono. A pesquisa perguntou sobre o uso de redes sociais na cama, como vídeos ou conversar com amigos, e foi identificado que 69% usavam antes de dormir. Insônia foi classificada quando havia problemas para dormir pelo menos três vezes por semana.

Embora o estudo tenha identificado uma correlação entre o uso de telas e insônia, os pesquisadores alertam que não há como fazer afirmações sobre o assunto. A pesquisa é baseada em autorrelatos, os pesquisadores chamam atenção para a possibilidade de haver vieses e que os resultados não são representativos globais. Joshua Piper, especialista em sono, destacou que o uso de telas compromete não só o início quanto a manutenção do sono.

Para que seja possível melhorar o sono, é recomendado que evitem dispositivos antes de dormir, criem uma rotina, e pratiquem atividades relaxantes, como ler e meditação. Cafeína, álcool, e refeições pesadas antes de dormir também devem ser evitadas. A terapeuta Kat Lederle enfatizou a importância de luz natural pela manhã e de desacelerar o dia com atividades relaxantes para melhoras o sono.

Por: João Pena
Foto: Reprodução / Internet