Rio de Janeiro é destaque em influência empresarial e gestão pública, segundo IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (26) uma pesquisa chamada “Gestão Território 2024”, onde o Rio de Janeiro está entre os três municípios mais influentes do Brasil, ao lado de São Paulo e Brasília.
De acordo com a pesquisa, o levantamento é feito de acordo com a capacidade de articulação política e econômica dos municípios.
O Rio ocupa a segunda posição em influência empresarial no Brasil, segundo o que mostra na pesquisa. No quesito gestão pública, a cidade está entre os centros de maior hierarquia. De acordo com o IBGE, o município ocupa uma ampla rede de instituições públicas, além de unidades do INSS, da Receita Federal, Justiça do Trabalho, Federal e Eleitoral, e secretarias estaduais de Educação e Saúde.
No polo empresarial no Brasil, o Rio de Janeiro continua sendo importante, com 486.696 empregos gerados por empresas sediadas na cidade em filiais fora do município. Este é o segundo maior número do país, ficando atrás apenas de São Paulo. No entanto, comparado a 2012, houve uma queda de 18,2% nesse total, o que reflete uma diminuição da influência econômica do Rio em outras regiões.
Apesar disso, o Rio mantém seu papel estratégico no território nacional, ocupando o segundo lugar em gestão pública e empresarial, de acordo com o IBGE.
“Essa classificação é coerente com o fato de São Paulo ser a principal centralidade da gestão empresarial; Brasília representar a principal centralidade da gestão pública; e Rio de Janeiro figurar, em segundo lugar, tanto na gestão empresarial como na gestão pública”, explica o instituto.
A pesquisa, que analisou dados de 2020 e 2021 do Cadastro Central de Empresas, mapeou 113 mil empresas “multilocalizadas” no Brasil. Embora representem apenas 2,18% do total de empresas no país, essas corporações têm presença em 99,9% dos municípios e são essenciais nas dinâmicas econômicas regionais.
O estudo também revela que cidades com forte presença de instituições públicas atraem empresas que buscam fornecer serviços ao estado. Por outro lado, áreas com maior concentração empresarial demandam políticas públicas mais robustas.
Por: Maria Clara Corrêa
Imagem: Arquivo Portal Onbus