Erro no mapa de notas no Carnaval 2025 gera protestos das escolas de samba do Rio

A divulgação do mapa oficial da apuração do Carnaval 2025 pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) resultou e reforçou confusões envolvendo o título da Beija-Flor.  As escolas Grande Rio e Estação Primeira de Mangueira tiveram inconsistências em suas notas e demonstraram  incertezas sobre a precisão dos resultados.

A Grande Rio declarou através das suas redes sociais o erro na contagem de votos, no quesito bateria. De acordo com o mapa publicado no site da Liesa, a escola recebeu três notas 10 e uma 9.9, o que resultaria em 30 pontos e um empate com a Beija-Flor. Porém, durante a apuração ao vivo, foi anunciado duas notas 9.9 e duas notas 10, o que deixaria a escola com 29.9 pontos e sem chances de disputar o título.

“Desde já, reiteramos nosso total respeito à entidade, às nossas coirmãs e, principalmente, à comunidade e aos torcedores da nossa escola. Estaremos sempre em busca de esclarecimentos sobre qualquer fato que possa comprometer a transparência do nosso carnaval”, declarou a escola.

A Liesa reconheceu o erro no mapa, que afetou as notas da Grande Rio e Mangueira, mas garantiu que não afetou o resultado da apuração e que manterá o resultado.

“Devido a um erro de digitação, ocorreu a divulgação equivocada do mapa de notas do Rio Carnaval 2025, com alterações nas notas das agremiações Estação Primeira de Mangueira e Acadêmicos do Grande Rio no quesito bateria. Pedimos desculpas pelo transtorno a toda comunidade do carnaval. As notas já estão corrigidas e as justificativas divulgadas em nosso site oficial”, informou a Liesa.

A Unidos de Padre Miguel, rebaixada para a Série Ouro, também  protestou os resultados e criticou a justificativa de um jurado que descontou pontos pela utilização do dialeto cultural da escola.

“Despontuar uma escola por fazer utilização do dialeto da sua cultura é minimamente uma avaliação despreparada! Esquecer nossa oralidade para atender um acadêmico, não negro, não está nos planos da nossa escola”, publicou a agremiação.

A Mocidade Independente de Padre Miguel também criticou a a diferença de critérios feitos na avaliação:

É desmotivante ter um julgamento com olhar que não aceita o que é novo e o que é diferente. Ter quesitos aclamados por todos e, que mesmo assim, ainda são penalizados na hora das notas, dói no coração da nossa Estrela”, desabafou a escola.

Por: Maria Clara Corrêa

Imagem: Tata Barreto | Riotur