Força de Segurança Municipal do Rio contará com agentes armados e salários de R$ 13,3 mil, previsão para segundo semestre

Nesta segunda-feira (17), a Prefeitura do Rio de Janeiro enviará à Câmara de Vereadores um projeto de lei para estabelecer a Força de Segurança Municipal, uma nova organização armada de vigilância ostensiva. A previsão é que o número de agentes chegue a 4,2 mil até 2028, com 600 novas admissões por semestre.

O prefeito Eduardo Paes destacou que a nova força visa aumentar a sensação de segurança dos cidadãos em locais públicos e diminuir os delitos diários, servindo de suporte à Polícia Militar. Contudo, ele enfatizou que o objetivo da equipe não é combater o tráfico de drogas ou a milícia.

A gente vai pegar os oficiais da reserva do Exército, os oficiais temporários, os famosos ‘CPOR’ [Centro de Preparação de Oficiais da Reserva], que ficam oito anos estudando e depois saem. A gente vai criar um concurso público que vai selecionar os melhores desse CPOR. Feito isso, eles vão receber um treinamento”, afirmou o prefeito.

A força será formada por agentes altamente qualificados, com recrutamento direcionado a ex-oficiais temporários do Exército, além de oficiais reformados da Marinha e da Aeronáutica. O processo de seleção será conduzido por meio de concurso público.

Os agentes terão salário inicial de R$ 13,3 mil, enquanto os gestores receberão R$ 19,4 mil. Apesar de serem armados durante o serviço, não terão porte de arma permanente, devendo devolver o armamento ao final de cada turno.

“Essa arma vai ser acautelada. Quando eles saem do serviço, tudo certinho. Depois desse curso de formação e de habilitação, esses oficiais temporários vão ser contratados para atuarem nas áreas da cidade que tenham o maior índice de ocorrência”, explicou Paes.

A primeira turma deve iniciar as atividades no segundo semestre de 2025. A força terá um papel preventivo e será a primeira resposta em casos de violência contra mulheres e idosos. O patrulhamento será focado em áreas estratégicas da cidade, com monitoramento contínuo por meio de câmeras de segurança, iluminação pública e outras tecnologias de vigilância.

A Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) passará por mudanças, com o fortalecimento de programas especiais e maior uso de tecnologia. Suas operações serão focadas em praias, parques, calçadões e grandes eventos. Além disso, uma corregedoria independente será criada para fiscalizar a conduta dos agentes.

A prefeitura também pretende ampliar a vigilância na cidade, instalando 20 mil novas câmeras e integrando 15 mil dispositivos particulares ao sistema público.

O projeto, após ser protocolado na Câmara, será analisado por três comissões – Justiça e Redação, Segurança Pública e Assuntos Ligados ao Servidor Público. Cada uma terá 15 dias para emitir parecer antes da votação em plenário, que ocorrerá em duas sessões.

Por: Carolina Sepúlveda

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