Polícia Civil faz operação contra organização que pratica roubo de celular e extorsão contra vítimas

Na manhã desta terça-feira (18), a Polícia Civil inicia uma operação para cumprir 43 mandados de prisão contra integrantes de uma organização criminosa especializada em roubo de celulares e extorsão de vítimas para desbloqueio dos aparelhos. De acordo com a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), os criminosos ameaçavam as vítimas por meio de mensagens e e-mails para obter senhas de acesso a contas bancárias e liberar os celulares para revenda, aumentando o valor de mercado dos dispositivos roubados.
Até o momento, 24 pessoas foram presas. Outros cinco acusados já estão em presídios.
“Iniciamos a investigação com técnicas avançadas, incluindo interceptações telefônicas, monitoramento de transações financeiras e trabalho de campo, conseguindo identificar o núcleo dessa organização criminosa”, explicou o delegado da DDSD, Pedro Brasil.
“Percebemos que é uma organização bem estruturada, com divisão de tarefas. Há um núcleo responsável pelo fornecimento de armas aos criminosos, outro encarregado de executar os roubos, um terceiro para a receptação dos celulares e outro para extorquir as vítimas. Após o roubo do celular, esses criminosos obtinham os dados das vítimas para praticar a extorsão, ameaçando matar seus familiares ou elas próprias caso não fornecessem a senha.”
Segundo as investigações, o grupo é especializado neste tipo de crime e operava com divisões de setores especializados em roubo, desbloqueio, revenda e extorsão. A primeira etapa consistia na subtração dos celulares, geralmente em locais de grande circulação, como Duque de Caxias, Bangu e Central do Brasil.
Em seguida, os criminosos começavam a etapa de extorsão, intimidando as vítimas com informações sigilosas como o endereço e senhas bancárias.
Somando os três núcleos identificados pela polícia (Duque de Caxias, Bangu e Central do Brasil), pelo menos 25 assaltantes foram reconhecidos, além de outros integrantes que atuavam em diferentes frentes da empreitada criminosa.
Por: Ágatha Araújo
Foto: reprodução