Bolo envenenado: sogra diz que soube que era chamada de “Naja” pela acusada
Em depoimento à Polícia Civil do Rio Grande do Sul sobre o caso do bolo envenenado de Torres, Zeli dos Anjos, sogra da acusada Deise Moura dos Anjos, relatou ter descoberto que era chamada de “naja” pela suspeita.
Segundo investigação da polícia, Zeli seria o principal alvo de Deise. Ela, mesmo consumindo o bolo com arsênio, sobreviveu. A nora teria colocado o veneno (arsênio) na farinha.
“Soube somente agora, através da cunhada Regina, que era chamada assim”, consta no depoimento de Zeli.
Ainda segundo depoimento da sogra, Deise nunca a chamou de “Naja” pessoalmente, em referência à serpente.
Zeli afirmou ainda que Deise sentia “ciúmes doentio” de sua personalidade.
“Percebia que Deise tinha ciúmes doentio, pois ‘copiava’ seu (meu) jeito de vestir, de ‘se arrumar’, comprava sapatos e acessórios iguais”, consta nas declarações da sogra.
Filho de Zeli e marido de Deise, Diego também prestou depoimento.
“Deise sempre foi briguenta, se irritando constantemente com situações pequenas com as outras pessoas”, relatou o marido à polícia.
“Deise vai do 8 ao 80 muito rápido”, disse Diego aos policiais.
Diego, Deise e o filho moram em Nova Santa Rita. A sogra tem residências em Canoas e Arroio do Sal. O Natal onde ocorreu a tragédia foi no apartamento de Maida (irmã de Zeli), em Torres.
O caso ocorreu em 24 de dezembro de 2024, na véspera de natal, em Torres, no Rio Grande do Sul. Suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada, Deise está presa temporariamente no Presídio Estadual Feminino de Torres.
Por: Ágatha Araújo
Foto: reprodução