Policial do Bope é baleado e caveirão derrapa em óleo em operação no Complexo do Alemão

Nesta quarta-feira (15), as polícias Civil e Militar e o Ministério Público do Rio realizaram uma operação no Complexo do Alemão, na Zona Norte da capital, para desarticular o núcleo financeiro do Comando Vermelho — o esquema é conhecido como “Caixinha do CV”. Na ação, um intenso tiroteio começou com a chegada dos agentes. Um PM do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e dois suspeitos foram feridos.

Segundo relatos de moradores ao Bom Dia Rio, desde a noite de terça-feira (14) traficantes se movimentam pelo conjunto de favelas para bloquear ruas com barricadas e espalhar óleo em algumas delas. Por conta disso, um caveirão até derrapou.

De acordo com a Polícia Civil, os agentes visam a cumprir medidas cautelares expedidas pela Justiça não só no Alemão mas também em outras regiões do Rio. Ao todo, são 14 mandados de prisão — sete pessoas já foram presas e encaminhadas para a Cidade da Polícia.

Entre os alvos dessa operação está Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos chefões da facção.

Dez caveirões da Polícia Militar estão no Alemão, de acordo com o telejornal. Segundo o jornal comunitário “Voz das Comunidades”, um dos veículos não conseguiu transitar em uma das ruas com óleo e derrapou, atingindo dois carros e uma motocicleta. Agentes usaram até maçaricos para retirar barricadas.

Os alvos vão responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, relacionados ao tráfico de drogas e à ocultação de valores ilícitos em mais de 4.888 operações financeiras, totalizando R$ 21.521.290,38.

Há também mandados sendo cumpridos em Bangu, Jacarepaguá, Engenho da Rainha, Ramos, Copacabana, Cordovil, Santo Cristo, no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e no Instituto Penal Vicente Piragibe, no Complexo Penitenciário de Gericinó.

De acordo com a denúncia do Gaeco, os valores arrecadados são usados para financiar ações como compra de drogas e armas, expansão territorial, pagamento de propinas, assistência a integrantes presos e crimes extorsões, roubos de cargas e veículos, além da exploração monopolizada de serviços de internet.

Por: Ágatha Araújo

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