Pix: fake news atinge milhões nas redes e resposta às mentiras vira desafio para Secom

Atualmente comandada pelo marqueteiro Sidônio Palmeira, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) terá que combater um novo desafio: contornar os efeitos das fake news na reputação do governo do presidente Lula (PT). O novo ministro toma posse em meio a uma onda de mensagens falsas com a alegação de que a Receita Federal passaria a taxar transferências via Pix acima de R$ 5 mil.

O governo tem sofrido com o impacto da desinformação constantemente, tendo que lidar, desde o ano passado, com ao menos outras cinco crises de imagem causadas pela circulação de mensagens descontextualizadas difundidas por opositores.

A proliferação de fake news preocupa a nova equipe da Secom, que já discute estratégias de enfrentamento e vê o tema como um dos principais desafios da gestão.

“Não podemos deixar a fake news entrar sozinha. Primeiro, você precisa passar verdade e depois desfazer a mentira, não o inverso, não correr atrás da mentira. E há várias formas criativas de se passar a verdade às pessoas”, diz Sidônio ao GLOBO.

Os boatos surgiram após a Receita Federal anunciar que, a partir de 1º de janeiro deste ano, haveria uma maior rigidez na fiscalização de transferências superiores a R$ 5 mil reais feitas por pessoas físicas. A medida abrangeria não só o Pix, mas todas as formas de movimentação financeira, incluindo TEDs, saques e depósitos.

Por conta dos boatos, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) publicou um comunicado em seu site nesta terça-feira (14) para esclarecer que a modalidade continuará gratuita e sem mudanças nas regras para o usuário.

“A recente Instrução Normativa da Receita Federal não exige nenhuma nova responsabilidade dos usuários do Pix (pagadores ou recebedores); apenas atualizou o sistema de acompanhamento financeiro para incluir novos meios de pagamento na declaração prestada por instituições financeiras e, agora, por instituições de pagamento”, disse o comunicado.

Por: Ágatha Araújo

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