Fiocruz suspende atividades presenciais nesta quinta (9) após operação policial em Manguinhos
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) determinou trabalho remoto para seus funcionários na manhã desta quinta-feira (9), após uma operação policial realizada em Manguinhos, na Zona Norte do Rio, na noite de quarta-feira (8), que resultou em confronto e deixou trabalhadores e alunos no meio do fogo cruzado. Uma funcionária foi atingida por estilhaços durante a troca de tiros.
O serviço de transporte Fiocruz Saudável, bem como ônibus coletivos que circulam para Triagem, Bonsucesso e os circulares, foram suspensos. A Creche Fiocruz e o Museu da Vida também interromperam suas atividades. No entanto, os serviços essenciais seguem em operação. A Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic) acompanha a situação, enquanto o policiamento na região foi intensificado.
A operação policial foi realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), a 21ª DP (Bonsucesso) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) com o objetivo de enfraquecer o Comando Vermelho (CV) na região. Durante a ação, os policiais foram atacados a tiros, com disparos registrados nas favelas do Mandela, Varginha e na Rua Leopoldo Bulhões. Três criminosos foram baleados, sendo que dois submergiram no Canal do Cunha e um foi socorrido e encaminhado ao hospital.
A operação resultou em apreensões, como fuzis, pistolas, drogas e outros materiais ilícitos. Um drone flagrou criminosos fugindo da área da Fiocruz. Durante a operação, trabalhadores precisaram se abrigar embaixo de mesas. O Museu da Vida, que recebe visitas escolares, também precisou interromper as atividades devido à operação.
A Fiocruz ainda avalia os impactos nas produções de vacinas e insumos e criticou a atuação da Polícia Civil, que, segundo a instituição, ocorreu de forma arbitrária, sem prévia comunicação, colocando trabalhadores e alunos em risco.
Por: Beatriz Queiroz
Foto: Pedro Teixeira/Agência O Dia