O telefone toca e uma voz do outro lado da chamada se apresenta como um funcionário bancário, informando que a conta do indivíduo está sob séria ameaça de invasão. De acordo com o suposto atendente, para prevenir tal situação, ela precisa fornecer o número da agência, da conta, do cartão de crédito e a senha. Esta situação ilustra a estratégia de um golpe conhecido como o da “falsa central telefônica”.

O Itaú Unibanco constatou que esse tipo de fraude foi um dos mais aplicados em 2024, juntamente com os golpes de venda falsa, da maquininha, do phishing e da troca de cartão. Informações da Associação de Proteção de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP) indicam que um em cada quatro brasileiros foi vítima de algum tipo de fraude no último ano.

“A falsa central telefônica ganhou mais força depois da pandemia, devido à maior digitalização da população. Hoje, é possível fazer praticamente tudo remotamente. Os golpistas se aproveitaram dessa evolução digital para implementar esse tipo de golpe, em que a vítima não vê a pessoa com quem está interagindo”, informa Richard Bento, superintendente de Segurança Corporativa do Itaú Unibanco.

O banco apresenta cinco dicas de prevenção para que os clientes se protejam contra o golpe da falsa central telefônica.

Desconfie de ligações – Ao atender alguma ligação, analise o tom da mensagem. Os golpistas usam tecnologias para fazer uma chamada parecer vir de um número diferente, muitas vezes de um que a vítima reconhece e confia. Se identificar uma abordagem suspeita, solicitando informações pessoais, desligue a ligação imediatamente.

Nunca forneça informações pelo telefone – Nenhuma empresa ou instituição financeira entra em contato ativamente solicitando dados pessoais, cadastrais ou bancários para realizar um procedimento de segurança, como cancelamentos ou estornos de transações. Caso isso aconteça, desligue a ligação imediatamente.

Verifique a identidade do atendente – Caso receba uma ligação suspeita, solicite o nome do atendente e desligue. Após se certificar que o contato telefônico tenha sido encerrado, acione a empresa diretamente pelos canais ou números de telefone publicados nos sites oficiais, e pergunte se a ligação era legítima.

Não realize transações solicitadas por telefone – Além de não fornecer os dados pessoais, cadastrais e bancários, não realize nenhum pagamento ou transação – como transferências, estornos, cancelamentos e investimentos – que sejam solicitados por telefone, mesmo que a abordagem pareça confiável.

Caso tenha sido vítima de golpe ou fraude – Mantenha as notificações do banco sempre ligadas para receber alertas. Caso identifique alguma transação sem consentimento, entre em contato com o banco imediatamente e faça um boletim de ocorrência no departamento de polícia mais próximo.

Por: Carolina Sepúlveda 

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