Quadro de saúde de jovem baleada na cabeça pela PRF volta a piorar
A jovem Juliana Leite Rangel, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal (24), teve piora no quadro de saúde, precisando voltar à respiração mecânica e interrompendo o processo de reabilitação. Um dia antes da piora, na terça-feira (07), Juliana estava em processo de recuperação motora e cognitiva, comunicando-se até com os olhos em companhia da mãe.
A informação foi divulgada na madrugada desta quarta-feira (08) pela prefeitura de Duque de Caxias, responsável pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
“Voltou a fazer febre, sinais clínicos e laboratoriais de novo quadro infeccioso, necessitando retomar medicação para controle de pressão arterial, retorno de sedação leve e retorno para ventilação mecânica, além de ajustes no tratamento da infecção. O processo de reabilitação precisou ser interrompido devido ao agravamento do quadro infeccioso”, detalhou o boletim.
A jovem continua precisando da traqueostomia (procedimento cirúrgico que consiste em criar uma abertura na traqueia/garganta para que o paciente possa respirar).
O caso ocorreu na noite de 24 de dezembro de 2024. Acompanhada do pai, Juliana ia em direção a Itaipu, em Niterói, para celebrar a ceia de natal. O veículo foi alvejado por agentes da PRF e um dos tiros, de fuzil, atingiu a cabeça da jovem. O pai foi baleado na mão esquerda e recebeu alta pouco depois. A família pleiteia na Justiça Federal uma pensão provisória para se manter financeiramente, uma vez que o pai de Juliana, mecânico por conta própria, não pode trabalhar por causa do ferimento na mão.
A PRF afirma que disponibiliza auxílio logístico para os deslocamentos necessários à família, além de ofertar apoio psicológico.
Por: Ágatha Araújo
Foto: reprodução