Riscos à saúde infantil, como otites e acidentes com objetos estranhos, aumentam em período de férias escolares
As férias escolares são um momento esperado pelas crianças, mas também um período de riscos para a saúde, com destaque para as otites e acidentes com objetos estranhos. A médica otorrinolaringologista pediátrica Juliana Caixeta alerta que banhos em piscinas, rios, mar e cachoeiras são propensos a causar inflamações no ouvido.
“A água residual cria um ambiente úmido que favorece o crescimento de bactérias, resultando em otite externa”, explica.
Além da dor intensa, a otite pode ser difícil de identificar em crianças pequenas, que não sabem comunicar o desconforto.
“Se a criança chorar ao engolir, apresentar vermelhidão e inchaço na orelha, e tocar repetidamente o ouvido, é sinal de otite”, diz Juliana.
Ela alerta para o erro de usar cotonetes e orienta que, em caso de dor, os pais podem fazer compressas mornas e procurar um médico imediatamente. A otite não tratada pode afetar a audição e a criança deve evitar contato com a água até ser adequadamente tratada.
Outro risco significativo durante as férias são os acidentes com objetos estranhos.
“Pequenos itens, como moedas, grãos de feijão e frutas, podem ser engolidos ou aspirados pelas crianças”, afirma a médica.
A atenção é especialmente necessária com crianças abaixo de três anos, que correm maior risco com objetos como baterias de brinquedos. Caso ocorra engasgo, os sinais incluem tosse, dificuldade para engolir e mudança na voz. Juliana aconselha que, diante de qualquer dúvida, os pais busquem atendimento de urgência.
A médica reforça a importância da prevenção:
“Fique atento ao ambiente e cuide da higiene dos ouvidos após o contato com a água”, conclui.
Por: Beatriz Queiroz
Foto: Reprodução