Diretor da Águas do Rio atribui crise de desabastecimento a ‘sequência de fatos inéditos’

O diretor institucional da Águas do Rio, Sinval Andrade, afirmou que a crise de desabastecimento de água na capital está relacionada a uma “sequência de fatos inéditos”. Embora a concessionária tenha concluído a manutenção na última quinta-feira, moradores do Rio continuam enfrentando a falta d’água, que já dura uma semana.
No mesmo dia, a parada do Guandu e o rompimento de uma adutora do sistema Ribeirão das Lajes — primeiro sistema da cidade, que leva água para o Centro do Rio — comprometeram cerca de 30% da capacidade de abastecimento da capital. Segundo a Águas do Rio, nesta terça-feira (03) as áreas afetadas são Centro, Ilha do Governador, Irajá e Região Portuária.]
“A nossa expectativa é que em 24h a gente consiga normalizar a situação. Estamos com equipes trabalhando o dia todo para regularizar tudo isso. Nós tivemos uma sequência de fatos inéditos. Foi um evento extraordinário os dois sistemas pararem ao mesmo tempo.”
Questionado sobre um possível desconto nas contas de água da população, o diretor respondeu que os moradores irão pagar a quantidade que consumiram. Por fim, Andrade salientou que 82 obras foram feiras em redes de água durante a parada do sistema Guandu, abrangendo a capital e a Baixada Fluminense:
“As pessoas pagarão por aquilo que elas consumiram, não há previsão de desconto. Nós tínhamos 82 obras e tivemos um problema, que atrasou em 12h a retomada do sistema. Na região do Lins tivemos uma intervenção bastante complicada por causa uma operação policial, então tivemos que interromper.”
A concessionária foi multada nesta segunda (02) em R$ 13.611.900 pelo Procon Carioca. O órgão, vinculado à Secretaria Especial de Cidadania, autuou a empresa em razão de falhas no fornecimento de água em diferentes bairros da cidade do Rio de Janeiro. Por meio de nota, a Águas do Rio informou que “recebeu a notificação do Procon-RJ na tarde de sexta-feira, dia 29, e ainda está no prazo para prestar os esclarecimentos cabíveis. A concessionária reforça que observa os devidos prazos para dar as respostas às autoridades competentes”.
Por: Ágatha Araújo
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