Idoso é internado com suspeita de ‘Doença da Vaca Louca’, enfermidade neurológica grave, em Minas Gerais

Um homem de 78 anos foi internado com sintomas neurológicos em Caratinga, uma cidade do interior de Minas Gerais. A internação suscitou inicialmente suspeitas de Encefalite Espongiforme Bovina (EEB), comumente referida como “doença da vaca louca”. 

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o caso pode ser um caso confirmado da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). Esta é uma doença que se caracteriza pela perda de memória, distúrbios cerebrais, tremores e rápida evolução, podendo resultar em morte em um ano em sua variante esporádica, isto é, de maneira aleatória. 

A variante da vaca louca, ou encefalopatia espongiforme bovina (DCJ), é uma doença no cérebro dos bovinos causada por proteínas anormais chamadas prions. Humanos podem ser infectados ao consumir carne contaminada, desenvolvendo a doença de Creutzfeldt-Jakob, que é fatal. A EEB gerou preocupações na década de 1990, levando a restrições no consumo de carne bovina e na alimentação de animais. 

A doença da vaca louca é uma enfermidade neurodegenerativa fatal que afeta o Sistema Nervoso Central dos bovinos, com período de incubação de 2 a 8 anos. A contaminação ocorre pelo consumo de produtos, como farinhas de carne e ossos de animais infectados. Os sintomas incluem alterações comportamentais, agressividade, dificuldade para se manter em pé, andar em círculos e movimentos oculares assimétricos 

No Brasil, desde 1998, o governo brasileiro implantou medidas de prevenção voltadas contra a introdução da DCJ no país. Dentre as medidas estão, por exemplo, proibição da importação de carne bovina de regiões com histórico da doença e de derivados de sangue de doadores do Reino Unido. Atualmente, não há cura conhecida para a DCJ ou sua variante. O tratamento é voltado para suporte e controle das complicações, com assistência psicológica e nutricional ao paciente e suporte à família. 

Por: Carolina Sepúlveda  

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