Relatório afirma que mais de 66 mil pessoas aguardam transplante

De acordo com o o relatório trimestral da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), divulgado nesta segunda-feira (11), o Brasil registrou um aumento no número de pacientes à espera de um transplante. Até setembro deste ano, havia 66.517 pacientes ativos na lista de espera, comparados a 58.908 no mesmo período do ano passado, o que representa um crescimento de quase 13%.

Um dos obstáculos para reduzir essa fila e aumentar o número de doações é a baixa taxa de efetivação, que mede o percentual de potenciais doadores que realmente realizam a doação. A taxa de doadores efetivos até o terceiro trimestre deste ano é de 20,3 por milhão de pessoas (pmp), 3,3% abaixo da previsão de 21 pmp.

A razão principal é a recusa familiar, que representa 45% dos motivos para que órgãos não sejam doados. O segundo motivo que impede a efetivação dos potenciais doadores é a contraindicação médica, que corresponde a 18% dos casos, de acordo com a ABTO.

Apenas cinco unidades da federação obtiveram taxas de notificação de potenciais doadores acima de 100 pmp:

  • Acre
  • Sergipe
  • Paraná
  • Rondônia
  • Distrito Federal

Entre janeiro e setembro deste ano, os órgãos mais transplantados foram:

  • Rim: 60.608
  • Fígado: 22.480
  • Coração: 3.891
  • Pâncreas: 1.484
  • Pulmão: 965

Por: Ágatha Araújo

Foto: Afya Ipemed