Rio sedia maior festival de arte para pessoas com deficiência em dezembro
No mês de dezembro, o Rio de Janeiro receberá pela primeira vez o maior evento artístico para indivíduos com deficiência intelectual e múltipla em todo o território nacional. Realizado pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), o 12º Festival Nacional Nossa Arte deverá reunir mais de 2 mil pessoas, entre artistas, acompanhantes e profissionais das Apaes de 22 estados e do Distrito Federal, no período de 9 a 12 de dezembro, no Expomag, localizado no centro da cidade. Haverá apresentações de dança, teatro e música, além de exposição de obras de literatura e de artes visuais. O festival também vai comemorar os 70 anos da Apae Rio, a primeira do Brasil, no dia 11 de dezembro.
“Não é qualquer instituição que completa 70 anos com os serviços que a Apae presta. Ao longo dos anos, trouxe capacitação, experiência, superações. É um movimento que a cada dia se renova e a cada dia se fortalece mais. Hoje atendemos 1,6 milhão de pessoas por dia na área de saúde, assistência e educação. Isso sem custo nenhum para o paciente. O festival de arte é importante porque é uma oportunidade de mostrar à sociedade que a pessoa com deficiência não é doente, nem incapaz.” disse o presidente da Apae Brasil, Jarbas Feldner de Barros.
O coordenador nacional de arte e cultura da Apae, Sérgio Feldhaus, informou que 1.300 artistas com deficiência de todo o Brasil participará da cerimônia de abertura no dia 9 de dezembro. Nos dias 10, 11 e 12, haverá apresentações e espetáculos simultaneamente em palcos de música, de dança e de teatro. Haverá uma galeria de arte com 80 obras montada com pessoas com deficiência.
O festival contará com a presença da primeira-dama do estado do Rio, Analine Castro, que já confirmou sua participação no evento de lançamento. Ela destacou a importância da união das famílias para o sucesso das Apaes no Brasil, ressaltando que, embora a luta seja diária e desafiadora, o progresso é alcançado aos poucos. Para ela, a chave está em proporcionar mais oportunidades, reconhecendo as dificuldades enfrentadas, mas também o impacto positivo do trabalho contínuo.
Por: Carolina Sepúlveda
Foto: reprodução