Primeira obra de arte feita por robô é leiolada por R$  7,4 milhões

Nesta quinta-feira (7), um retrato do matemático inglês Alan Turing, pintado por um robô humanoide, foi vendido por US$ 1,3 milhão, cerca de R$ 7,4 milhões. O trabalho foi vendido pela Sotheby’s Digital Art Sale, inicialmente com uma estimativa de arrecadar US$ 180 mil. No total, ocorreram 27 lances até que os organizadores decidissem. 

O retrato de Alan Turing, reconhecido como o precursor da ciência da computação e “pai da Inteligência Artificial (IA)”, foi criado pelo robô ultra-realista Ai-Da, concebido pelo especialista em arte moderna e contemporânea Aidan Meller. O trabalho, chamado “A.I. “God”, a primeira obra de arte pintada por um robô a ser comercializada globalmente. 

A Sotheby’s Digital Art Sale, em um comunicado, considerou a venda como “um momento crucial na história da arte moderna e contemporânea”, enfatizando que o cenário “representa a crescente intersecção entre a tecnologia de Inteligência Artificial e o mercado de arte mundial”.

O Ai-Da, com sua aparência feminina, é um dos robôs mais evoluídos do planeta, sendo o primeiro robô artista ultra-realista. Ela tem a habilidade de criar desenhos e pinturas utilizando câmeras em seus olhos, algoritmos de Inteligência Artificial e seu braço mecânico. Desde a sua fundação, em 2019, Ai-Da conquistou reconhecimento global, realizando exposições ao redor do globo. 

“O principal valor do meu trabalho é sua capacidade de servir como um catalisador para o diálogo sobre tecnologias emergentes. Um retrato do pioneiro Alan Turing convida o público a refletir sobre a natureza divina da IA e da informática, considerando as implicações éticas e sociais desses avanços”, disse o Ai-Da, por meio do modelo de linguagem de IA. 

Por: Carolina Sepúlveda  

Foto: reprodução