Liam Payne: Investigação acusa empresário, funcionário de hotel e suposto traficante

O empresário argentino que acompanhava Liam Payne, um funcionário de manutenção do hotel e um suposto traficante foram formalmente acusados como parte da investigação sobre a morte do ex-vocalista do One Direction. O artista britânico morreu dia 16 de outubro, após cair da varanda de um hotel em Buenos Aires. As acusações envolvem negligência e fornecimento de drogas, configurando um cenário de omissão e influência no trágico desfecho.

O empresário, amigo de Payne e que estava com ele nos últimos dias, enfrenta a acusação de “abandono de pessoa” por, supostamente, negligenciar o cantor em um momento crítico. Testemunhas informaram que Payne, aparentemente em crise, buscou ajuda de seu amigo, mas teria sido ignorado. O empresário foi convocado pela Justiça argentina para depor, mas apresentou contradições em seu relato, afirmando estar no local no dia da morte, embora funcionários do hotel não confirmem sua presença.

Segundo a legislação argentina, o crime de abandono pode levar a penas de até 10 anos de prisão se resultar em morte, mas os advogados do empresário já preveem a possibilidade de ele responder em liberdade.

Outras operações policiais foram realizadas em diferentes localidades de Buenos Aires, como General Rodríguez e Tigre, na tentativa de localizar evidências e esclarecer a origem das drogas consumidas por Payne antes de sua morte. Em alguns dos endereços, as buscas revelaram anotações que indicam uma possível rede de fornecimento de entorpecentes.

Além do empresário, o funcionário do hotel foi acusado de facilitar o acesso às substâncias, enquanto um suposto traficante, morador de Lomas de Zamora, está sob investigação por fornecer a cocaína consumida pelo artista. Em função das acusações, ambos os suspeitos estão proibidos de deixar o país enquanto as investigações avançam.

A autópsia revelou que o cantor britânico consumiu drogas pouco antes de cair do terceiro andar do hotel, configurando um possível agravante para a acusação.

As mulheres identificadas apenas pelas iniciais L. e A. foram chamadas ao hotel por Liam Payne através de um aplicativo de acompanhantes, chamado “Gemidos”. Testemunhas relataram que as duas mulheres exigiram US$ 5 mil (cerca de R$ 28 mil) do cantor, mas Payne se recusou a pagar a quantia. Isso gerou uma discussão entre as mulheres e o artista, levando Payne a sair do quarto e se dirigir à recepção do hotel.

As mulheres L. e A. se recusaram a deixar o hotel sem o pagamento combinado e diante disso, um dos gerentes contatou o amigo de Payne, mas ele não respondeu. Após intervenção do gerente, as mulheres deixaram o local. Ambas foram as últimas pessoas a ver o cantor com vida e prestaram depoimento como testemunhas. Contudo, uma delas, L., passou a ser investigada por contradições em seu relato. Além disso, em sua residência, foi encontrado um pote com maconha, e ela não retornou para lá após a morte de Payne, sendo vista na casa de sua mãe. Embora não tenha sido formalmente acusada, a polícia está investigando-a devido às inconsistências em seu depoimento.

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Arquivo OnBus