Justiça condena mulher por injúria racial contra seguranças de Flávio Dino
Nesta segunda-feira (04), a Justiça do Distrito Federal condenou uma mulher por injúria racial contra dois seguranças do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Elisângela Rocha Pires de Jesus foi condenada a um ano e cinco meses de prisão, mas a pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade.
Com a decisão, a mulher fica deverá indenizar os seguranças em R$ 5.680, além da prestação dos serviços.
O caso de injúria ocorreu no dia 29 de dezembro de 2022 em um shopping de Brasília. Na ocasião, a mulher abordou o ministro no estabelecimento comercial e passou a chamá-lo de “ladrão” e “vagabundo” e o acusou de “roubar o país”. Ao ser contida pelos policiais que faziam a segurança pessoal do ministro e receber voz de prisão, Elisângela chamou os profissionais de “macacos” e fez comentários preconceituosos ao se referir ao Maranhão, estado natal do ministro e dos seguranças.
Na decisão proferida no dia 30 de novembro, o juiz Marcos Francisco Batista reconheceu que houve crime nas ofensas proferidas pela acusada.
“Não há dúvida, pois, quanto à prática de injúria racial, em razão da procedência nacional das vítimas, uma vez que a acusada utilizou expressões que, naquele contexto, notoriamente foram empregadas para ofender as vítimas, em nítida discriminação em razão da origem delas”, afirmou o magistrado.
Por: Ágatha Araújo
Foto: Wikimedia