Brasil ganha 15 milhões de novos lares, mas famílias estão menores

De acordo com dados do Censo divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil teve, em 2022, 72 milhões de unidades domésticas. Esse número representa um aumento de 15 milhões de lares em relação a 2010, quando havia 57 milhões de unidades.

Apesar do crescimento no número de domicílios, a média de moradores por unidade doméstica caiu para 2,8 pessoas em 2022, comparada com 3,3 pessoas em 2010 e 3,7 em 2000.

Em relação à composição familiar, 57,5% das famílias em 2022 eram formadas por cônjuges ou companheiros(as) de gêneros diferentes, uma redução em relação aos 65,3% de 2010. Já a proporção de pessoas do mesmo gênero que vivem juntas subiu de 0,1% em 2010 para 0,54% em 2022.

O número de mulheres chefiando a casa também cresceu. Em 2010, o percentual de homens chefes de família (61,3%) era consideravelmente maior que o de mulheres (38,7%). Colocando o ano de 2022 em perspectiva, vê-se que 50,9% eram homens (37 milhões) e 49,1%, mulheres (36 milhões), o que representa uma boa aproximação do gênero feminino.

Em dez estados, as mulheres já são maioria entre os responsáveis pelos lares. Os estados que mais se destacaram foram:

  • Pernambuco (53,9%)
  • Sergipe (53,1%)
  • Maranhão (53,0%)
  • Amapá (52,9%)

A pesquisa também indica um crescimento de idosos morando sozinhos. Em 2022, mais de 28% das pessoas com 60 anos ou mais moravam sozinhas. Outros 21,7% dos idosos dividem moradias com outras pessoas.

Por: Ágatha Araújo

Foto: divulgação/Minha Casa Minha Vida