Morre 2ª vítima do tiroteio na Avenida Brasil após ser baleado em ônibus

Renato Oliveira, de 48 anos, morreu nesta quinta-feira (24) após ser atingido por um tiro na cabeça durante um tiroteio na Avenida Brasil, na altura da Cidade Alta, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele foi a segunda vítima fatal do confronto entre policiais e criminosos na região.

Foto: Reprodução

A Avenida Brasil foi fechada por duas horas na manhã desta quinta-feira, na altura da Cidade Alta, Zona Norte, devido a um intenso tiroteio. O confronto resultou em duas mortes e quatro feridos.

O tiroteio começou por volta das 7h durante uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, área que inclui cinco comunidades dominadas por traficantes. O objetivo da operação era prender criminosos envolvidos em roubo de carros e cargas. Ao chegarem nas comunidades de Cinco Bocas, Pica Pau e Cidade Alta, os policiais enfrentaram forte resistência de criminosos fortemente armados.

Diante da intensa troca de tiros, a Polícia Militar decidiu suspender a operação e retirar as equipes do local. Para tentar impedir o avanço das forças de segurança, criminosos incendiaram veículos e montaram barricadas. Motoristas e passageiros que trafegavam pela Avenida Brasil buscaram refúgio nas muretas da via.

Oliveira estava a caminho do trabalho quando foi baleado dentro de um ônibus. Testemunhas afirmam que ele dormia no coletivo no momento em que foi atingido. O homem foi socorrido em estado grave e levado ao Hospital Federal de Bonsucesso, onde passou por cirurgia. No entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.

A vítima era moradora de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e trabalhava para uma empresa que prestava serviços para a Marinha.

Além de Renato Oliveira, o motorista de aplicativo Paulo Roberto de Souza, de 60 anos, também morreu ao ser baleado na cabeça enquanto trabalhava na região. Ele foi a primeira vítima confirmada do tiroteio.

Durante a operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, outras quatro pessoas ficaram feridas, incluindo um traficante que está internado sob custódia.

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo