Prefeitura do Rio propõe implantar três novas linhas do VLT nas calhas do BRT

Reeleito no primeiro turno, o prefeito Eduardo Paes quer revolucionar a mobilidade do carioca. Com um custo estimado de R$ 16 bilhões, a Prefeitura do Rio quer tirar do papel a proposta de implantar três novas linhas de VLT. Duas delas aproveitariam as calhas do BRT Transcarioca (que vai do Terminal Alvorada, na Barra, até o Aeroporto Tom Jobim) e do BRT Transoeste (que liga o Jardim Oceânico, na Barra, a Campo Grande e Santa Cruz). Já o terceiro corredor partiria do zero para conectar sobre trilhos Botafogo à Gávea, trajeto antes previsto para ser feito pelo metrô.

Caso saiam mesmo do papel, os VLTs terão ao todo 226 quilômetros de extensão. O projeto mais barato é de implantá-lo na Zona Sul, custando R$ 1,3 bilhão. O traçado teria 12 quilômetros e 13 estações, com o uso de faixas de trânsito já existentes em vias como as ruas Jardim Botânico, Humaitá e Voluntários da Pátria. Já as adaptações na Zona Oeste da cidade exigiriam mais R$ 14,7 bilhões. A conta poderia chegar a R$ 21 bilhões, caso as obras partissem do zero.

Para viabilizar a proposta, o município conta com vários cenários, sendo um deles a captação de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) junto ao governo federal. Outra alternativa é abrir uma concorrência, conhecida como concessão patrocinada — o futuro operador se encarregaria das obras, sendo ressarcido pelo poder público em pagamentos parcelados.

Por: Ágatha Araújo

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