A Justiça da Bolívia intimou Evo Morales a depor em um caso que investiga a ligação do ex-presidente com suposto tráfico humano, além de estupro de menor. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (7) pelo Procurador-Geral do país, Juan Lanchipa.
O caso veio a tona na última quarta-feira (2), depois de uma promotora que cuidava do caso ter sido destituída do cargo após pedir a prisão de Morales no âmbito da investigação.
Segundo trechos do pedido de prisão contra o ex-presidente da Bolívia, o suposto estupro de vulnerável teria acontecido em 2016. A vítima seria uma menina de 15 anos, com quem Morales teve uma filha enquanto governava o país. O documento também diz que os pais da menor de idade teriam dado consentimento a relação, em troca de benefícios.
“[A adolescente] deu à luz outra menina e o pai reconhecido na certidão de nascimento é o senhor Evo Morales Ayma. Existe um processo aberto que está sob investigação”, disse o ministro da Justiça da Bolívia, César Siles, na última semana.
A ofensiva judicial contra o ex-presidente da Bolívia surge em um momento de instabilidade política no país, envolvendo Morales e o atual presidente boliviano, Luis Arce.
Créditos da imagem: Divulgação/Commons
Escrito por: Rafael Ajooz