Queimadas pelo Brasil fazem picanha ficar 43,5% mais cara

A situação alarmante da seca e das queimadas que atingem do sul ao norte do Brasil impactaram os preços de produtos essenciais. Segundo pesquisa da Neogrid, divulgado pela CNN Brasil, produtos como café, feijão, carnes e leite, encareceram com a piora da crise.

O crescimento do número dos incêndios em agosto fez com as carnes bovinas tivessem, em um período de seis semanas, um crescimento expressivo e fosse o tipo de produto mais afetado. A picanha, em específico, saltou de 43,5% para 59,62% na semana de 4 de agosto para R$ 85,56 na de 15 de setembro.

“O aumento dos focos de incêndio intensificou o prejuízo sofrido pela produção de alimentos, que já vinha sendo afetada pelas secas”, elucida Anna Fercher, head de Customer Success e Insights da Neogrid.

“Os impactos ocorrem na agropecuária devido à migração para a criação de gado em confinamento, o que envolve custos muito maiores e influencia diretamente no preço da carne e dos lácteos”, acrescentou ela.

Já o leite subiu 9,6% no mesmo recorte, saindo de R$ 6,02 por litro para R$ 6,60, de acordo com os dados cedidos à CNN.

Um levantamento da MapBiomas aponta que as queimadas destruíram um território equivalente ao da Paraíba só no mês de agosto. A maioria dos casos ocorreu em áreas de pastagens usadas para a pecuária.

 

Créditos da imagem: Divulgação/Commons

Escrito por: Rafael Ajooz