Paralisação dos portos nos Estados Unidos gera uma nova onda de pânico por falta de papel higiênico

A escassez de papel higiênico nas lojas americanas está despertando memórias aterradoras da época da pandemia. No entanto, a escassez de papel higiênico não decorre diretamente de uma grande paralisação nos portos americanos, que aconteceu na terça-feira (2). Isso ocorre porque as pessoas adquirem o produto por causa do pânico.

Os relatos de falta inundaram as redes sociais nos Estados Unidos, exibindo prateleiras vazias onde deveriam estar armazenados papéis higiênicos e, em menor escala, toalhas de papel.

“Acabaram com o papel higiênico no Walmart da minha cidade, na Virgínia. Estocagem de papel higiênico 2.0!,” escreveu uma pessoa em um post no X, atualmente suspenso no Brasil, junto com uma foto de prateleiras vazias.

Mais de 90% da produção de papel higiênico nos EUA é feita internamente, com o restante vindo do Canadá e do México. A American Forest and Paper Association se preocupa com o impacto da greve nos portos, mas isso deve resultar em um excesso de papel higiênico, não em escassez.

A corrida para estocar, impulsionada pelo medo de falta, é influenciada pelas experiências de 2020. As escassezes mais prováveis serão de produtos perecíveis, como bananas, que são quase totalmente importadas e têm prazos de validade curtos. Enquanto isso, o papel higiênico, sendo não perecível, não deve ser afetado, já que a maioria não passa pelos portos fechados.

Por: Carolina Sepúlveda 

Foto: reprodução