Acusações contra Diddy fomentam teorias da conspiração e ganham força entre grupos QAnon, da extrema-direita
O caso do rapper americano Diddy, acusado de crimes graves como estupro e tráfico sexual, tem sido usado como trampolim para a disseminação de teorias da conspiração, especialmente as ligadas ao movimento QAnon, uma teoria da conspiração de extrema-direita originada nos Estados Unidos.
Promotores afirmam que Diddy criou uma “organização criminosa” para abusar e coagir mulheres, além de proteger sua reputação. Imagens de 2016, divulgadas pela CNN, mostram o rapper agredindo sua então namorada, Cassie Ventura. Apesar de Diddy negar as acusações, os promotores alegam possuir evidências significativas.
O caso, no entanto, se tornou alvo de teorias da conspiração, especialmente nos círculos do movimento QAnon, que alega a existência de uma rede de pedófilos de alto escalão. No Brasil, essas teorias também ganharam força, com mais de 1.500 postagens compartilhadas em grupos de direita nas duas semanas seguintes à prisão de Diddy, em 16 de setembro. Entre os nomes falsamente associados ao escândalo estão Michelle Obama, Kamala Harris, LeBron James, Taylor Swift e até o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Essas teorias conspiratórias, além de falsas, são extremamente prejudiciais. Elas difamam pessoas inocentes, alimentam o ódio e a divisão, e minam a confiança nas instituições. É importante destacar que não há nenhuma evidência que corrobore as acusações feitas pelos teóricos da conspiração contra essas celebridades.