Lula defende taxação de super-ricos e reforma da governança global em prol da igualdade e sustentabilidade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta quarta-feira (25), a taxação de super-ricos como uma medida importante para combater desigualdades sociais e mudanças climáticas. Em seu discurso, ele criticou a “arquitetura financeira” global, ressaltando a injustiça nas altas taxas de juros cobradas de países em desenvolvimento em comparação com nações ricas. Lula destacou que, em 2023, o Brasil gastou cerca de R$ 614 bilhões em juros da dívida pública e que, em 2022, houve um saldo negativo de 49 bilhões de dólares entre o que países em desenvolvimento pagaram e o que receberam de credores.

O presidente também enfatizou a falta de representatividade da América Latina, do Caribe e da África em órgãos internacionais como o FMI e o Banco Mundial, onde a proporção de assentos deveria ser maior. Ele apontou que países com grandes florestas devem dividir assentos em fundos ambientais, enquanto potências mantêm cadeiras exclusivas. Lula caracterizou essa situação como uma “lógica colonial” que perpetua desigualdades no cenário global.

Por: Luiza Torrão

Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert/PR