Suspeito de sequestro de Madeleine McCann confessa ter levado criança de apartamento em Portugal, diz ex-colega de cela

O principal suspeito de envolvimento no desaparecimento de Madeleine McCann, Christian Brueckner, teria confessado ter sequestrado uma criança em Portugal, conforme relato de um ex-colega de cela em tribunal na Alemanha, nesta quarta-feira (25). Laurentiu Codin afirmou à corte que Brueckner lhe perguntou, em 2020, se ele também estava preso por crimes relacionados a menores. Durante a mesma conversa, Brueckner teria admitido que sequestrou “uma criança” ao invadir uma residência na época em que vivia no Algarve.

Brueckner, que é o principal acusado no caso de Madeleine McCann, desaparecida em 2007 enquanto passava férias com os pais em um resort na Praia da Luz, nunca havia confessado qualquer envolvimento no desaparecimento da menina de três anos.

“Ele estava em uma região onde há hotéis e pessoas ricas vivem. Ele disse que havia um lugar com uma janela aberta, ele me disse isso. Ele estava procurando dinheiro. Ele disse que não encontrou dinheiro, mas encontrou uma criança e levou a criança”

De acordo com Codin, o ex-colega de cela relatou que, duas horas após sequestrar a criança, a área já estava repleta de “polícia e cães”, o que o levou a decidir deixar o local.

“Estou apenas dizendo o que ele me disse. Ele me disse que uma pessoa estava com ele, com quem ele teve uma discussão, supostamente era sua mulher. Ele disse que levou a criança em Portugal em seu carro, e no momento em que a polícia e os cães estavam na casa, ele foi embora e sumiu. Ele me perguntou se o DNA de uma criança pode ser retirado de ossos sob o solo”

Em novo depoimento, o detento afirmou que Christian Brueckner confessou ter sequestrado e estuprado diversas meninas em um ônibus que possuía. Segundo o preso, o alemão detalhou os crimes sexuais, mas não mencionou qualquer assassinato.

Brueckner, que já cumpre pena por estupro em Portugal, responde a outros processos na Alemanha por crimes sexuais cometidos entre 2000 e 2017, todos sem relação direta ao caso McCann.

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Reprodução