Incêndios destroem patrimônios naturais brasileiros; parques estaduais do RJ estão fechados devido ao risco de fogo

A beleza natural do Brasil está sendo consumida por diversos incêndios que estão se alastrando rapidamente por diversas regiões do país. A seca histórica combinada com a ação criminosa tem intensificado as queimadas, causando danos irreparáveis ao meio ambiente e à economia local.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, confirmou que diversas unidades de conservação na região da estão fechadas e mais de 36 mil hectares já foram queimados no município. Situação semelhante ocorre na Floresta Nacional de Brasília, onde as chamas já consumiram 700 hectares e ameaçam casas nas proximidades.

Em Goiás, cerca de 8 mil hectares do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Patrimônio Mundial da Unesco, já foram atingidos pelo fogo.

No Sudeste, parques estaduais de São Paulo e todos do Rio de Janeiro foram fechados para visitação devido ao risco de incêndios. Em Minas Gerais, a seca causou o desaparecimento de cachoeiras e prejudicou o turismo em regiões como São João Del Rei e Tiradentes.

A destruição das paisagens naturais, como cachoeiras e trilhas, compromete o potencial turístico dessas regiões e afeta a infraestrutura local, incluindo pousadas e restaurantes. O ecoturismo representa 60% da receita do setor turístico brasileiro, segundo estudo do Sebrae.

A seca histórica é o principal fator que contribui para a propagação dos incêndios. No entanto, especialistas afirmam que, em muitos casos, o fogo é iniciado de forma criminosa.

A recuperação das áreas afetadas pelas queimadas será um processo lento. É fundamental que sejam adotadas medidas para prevenir novos incêndios, como o combate à seca, a fiscalização e a punição dos responsáveis por incêndios criminosos, e a conscientização da população sobre a importância da preservação do meio ambiente.

Para reverter os danos causados pelas queimadas e secas em destinos turísticos, é preciso agir em diversas frentes, segundo especialistas. A recuperação completa, que inclui tanto o apoio às comunidades afetadas quanto a restauração dos ecossistemas danificados, é fundamental para resgatar a atratividade dessas regiões.

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Arquivo OnBus