Delegado aponta que homicídio de advogado no Centro do Rio pode ter sido feito por grupo de matadores de aluguel

O delegado titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Rômulo Assis, disse em audiência na Justiça nesta segunda-feira (9) que o homicídio do advogado Rodrigo Marinho Crespo, em fevereiro, pode ter envolvimento com grupos de matadores de aluguel.

“É um homicídio praticado com uma certa assinatura, atiradores bem capacitados, pessoas que utilizam uniforme militar. Esse tipo de crime vem sendo constante de determinados grupos de matadores de aluguel. Isso aponta uma direção”.

Suspeitos de monitorar a vítima nos dias anteriores ao crime, Leandro Machado, Eduardo Sobreira e Cezar Daniel Mondego estão presos

“A gente consegue pegar uma imagem muito clara do Eduardo Sobreira, que estava no veículo que estava monitorando o Rodrigo. A sua fisionomia é flagrada com muita clareza”, afirmou ele.

As investigações da DH indicam que os três presos se encontraram antes e depois do crime.

“O carro do monitoramento vai até o 15º BPM (Duque de Caxias) no dia 28 (dois dias após o crime). Mondego desce, vai até um local onde existe o estacionamento do batalhão, onde a dh descobre que ali estava Leandro Machado”, disse.

Durante a audiência de instrução, Rômulo também ressaltou que, na pasta de Leandro Machado na locadora onde o carro que monitorou Rodrigo foi alugado, havia nomes de PMs ligados ao contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho.

Adilsinho sofreu buscas em uma operação da Polícia Civil e do MP, quando os três réus foram presos ou se entregaram.

O Ministério Público e a Polícia Civil suspeitam que a morte de Crespo pode ter sido uma mensagem de contraventores contra o mercado legal de apostas online no Rio de Janeiro. Rodrigo, inclusive, tinha começado a se interessar pelo mercado de bets.

 

Créditos da imagem: Reprodução/Globo Rio

Escrito por: Rafael Ajooz