Pesquisa revela que 62% de mortes em presídio são causadas por HIV, sífilis e tuberculose

De acordo com a pesquisa Letalidade Prisional, uma questão de Justiça e Saúde Pública, encomendada pelo Conselho Nacional de Justiça em 2023, as mortes nos presídios brasileiros são causadas por insuficiência cardíaca, infecção generalizada e tuberculose, doenças ligadas à pobreza higiênica. Segundo o portal O DIA, o sistema prisional contabilizou 20.237 casos do vírus HIV, 9.016 de sífilis e 7.788 de tuberculose no ano passado.

Ainda de acordo com o estudo, a chance de contrair tuberculose dentro do sistema prisional é 30 vezes maior do que quem está em liberdade. Em relação ao quadro dessa doença no 1° quadrimestre de 2024, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) registrou 1.680 casos. Já os presidiários contaminados com sífilis foram 686, e com HIV, 837. Ao todo, foram 43 mil presidiários analisados.

Todos os apenados, segundo a SEAP, estão sob acompanhamento integral das equipes do Pnaisp (Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional).

Conforme mostrou o estudo, a tuberculose se destacou entre as doenças mais infecciosas e recebeu maior apoio após ser incluída na Política de Incentivo às Ações de Vigilância, Prevenção e Controle de HIV/Aids, Hepatites Virais e IST, programa que pretende focar na ampliação da testagem, na busca ativa de casos e no aumento do tratamento preventivo para pessoas com maior risco de adoecimento. Para a execução deste projeto, R$ 100 milhões foram destinados.

Por: Ágatha Araújo

Foto: Wikimedia