Criminosos cortam cabos e forçam moradores a contratar ‘Gatonet’ em bairros do Rio e Niterói
A prática de cortar cabos de transmissão para forçar a contratação de serviços clandestinos está se expandindo para bairros formais e de diferentes perfis. Em Olaria, Guadalupe e São Francisco, moradores enfrentam a falta de internet, telefonia e TV a cabo devido a ações criminosas.
Em Olaria e Guadalupe, grupos criminosos, incluindo milícias e traficantes, cortaram o cabeamento das operadoras e oferecem serviços alternativos, como a “gatonet”, cobrando valores entre R$ 100 e R$ 160 para instalação e mensalidades variáveis. Moradores relatam que as operadoras não conseguem restaurar o serviço devido a ameaças e restrições impostas pelos criminosos.
Em São Francisco, em Niterói, a situação é semelhante, com a maioria dos estabelecimentos e residentes dependentes de serviços oferecidos por grupos criminosos. Os moradores afirmam que os serviços das operadoras regulares foram interrompidos e que o tráfico controla a oferta de internet na área.
A Polícia Civil investiga os casos, com a 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) focando em Guadalupe, a 22ª DP (Penha) em Olaria, e a 79ª DP (Jurujuba) em São Francisco. A Polícia Militar relatou uma breve interrupção de internet no 16º BPM (Olaria) mas não encontrou indícios claros de crime. A Conexis, sindicato das operadoras, destacou os impactos negativos dos crimes e pediu uma ação coordenada de segurança pública.
Por: Luiza Torrão
Foto: Agência O Globo / Fabiano Rocha