Parar de beber álcool permite ao fígado diminuir gordura, reduzindo risco de doenças graves
O fígado é o maior órgão interno do corpo humano e desempenha um papel crucial em inúmeros processos corporais. Entre suas funções essenciais, destaca-se a capacidade de degradar toxinas encontradas em medicamentos e bebidas alcoólicas. E, por ser o primeiro órgão a interagir com as bebidas alcoólicas, não é surpreendente que o fígado seja o mais vulnerável aos efeitos prejudiciais desse hábito.
O consumo de álcool pode levar ao acúmulo de gordura e inflamação no fígado. Para lidar com isso, o fígado produz tecido cicatricial, o que pode evoluir para cirrose se não for controlado. A cirrose resulta em uma rede de cicatrizes com áreas de tecido saudável e, em estágios avançados, pode causar sintomas graves como icterícia, inchaço e confusão, que podem ser fatais. Pessoas que bebem mais de 14 unidades de álcool por semana (cerca de seis litros de cerveja ou seis taças de vinho) estão em risco de desenvolver gordura no fígado e, eventualmente, cirrose.
Pessoas com gordura no fígado ficam apenas duas Boas notícias: mesmo pausas curtas no consumo de álcool podem beneficiar o fígado. Apenas duas a três semanas sem álcool pode restaurar o fígado a um estado saudável. Para quem já tem inflamação ou cicatrizes leves, uma semana é suficiente para observar melhorias. Abandonar o álcool por vários meses pode levar o fígado de volta ao normal.
Para aqueles com cicatrizes graves ou insuficiência hepática devido ao consumo excessivo, parar de beber por anos reduz o risco de agravamento e de morte. Contudo, parar abruptamente pode causar sintomas graves de abstinência, como tremores, sudorese, alucinações, convulsões ou até morte. Por isso, pessoas com alta dependência alcoólica deve buscar orientação médica para interromper o consumo com segurança.
Por: Carolina Sepúlveda
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