China convoca países para apoiar plano de paz na Ucrânia feito em conjunto com Brasil

Nesta terça-feira (27), a China convocou mais países para apoiar o plano de paz para a Ucrânia feito conjuntamente com o Brasil. Li Hui, enviado especial da China para assuntos da Eurásia, se reuniu com representantes brasileiros, além de diplomadas da Indonésia e da África do Sul, e afirmou que tais países são “forças importantes na promoção da paz mundial” que dividem posições semelhantes com o o país asiático.

“São nações que mantiveram comunicação com a Rússia e a Ucrânia e permanecem comprometidos com uma solução política para a crise por meio do diálogo e da negociação”, afirmou Li.

O plano de paz brasileiro e chinês, que foi anunciado no início do ano, pede a realização de uma conferência de paz entre a Ucrânia e a Rússia, com o fim da expansão de territórios na batalha.

Na cúpula para resolução do conflito realizada na Suíça em junho, a China optou por não comparecer. Em um primeiro momento, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que os chineses haviam pressionado outros países a não participarem do encontro. Desde então, entretanto, a Ucrânia reconheceu o papel da China em um processo de paz, dada sua próxima relação com a Rússia. O ministro das Relações Exteriores ucraniano inclusive foi à China em julho.

Em agosto, a Ucrânia abriu uma nova frente na guerra ao atacar a região russa de Kursk. Zelensky afirmou que a intenção era criar uma zona de proteção contra novos ataques. Ao comentar a iniciativa, Li criticou o apoio ocidental à Ucrânia. Os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), por sua vez, consideram que a China é uma parceira da Rússia na guerra.

 

Créditos da imagem: Divulgação/Commons

Escrito por: Rafael Ajooz