Para quebrar monopólio ‘ilegal’ do Google, Estados Unidos cogitam dividir gigante da tecnologia

Para quebrar monopólio ‘ilegal’ do Google, Estados Unidos cogitam dividir gigante da tecnologia
Rafael Ajooz

Após uma decisão judicial histórica do juiz Amit Mehta, em 5 de agosto, que considerou que o Google monopoliza o mercado de buscas online obtendo vantagens injustas, o Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos agora observa algumas opções para restaurar a concorrência, inclusive radicais, como o desmembramento da empresa de tecnologia.

Uma rara tentativa de desmembrar o Google da Alphabet é uma das alternativas consideradas pelo Departamento de Justiça americano após uma decisão judicial histórica que constatou que a empresa monopolizou o mercado de busca on-line, segundo pessoas com conhecimento das deliberações.
A medida seria o primeiro esforço de Washington para desmantelar uma empresa por monopólio ilegal desde as tentativas malsucedidas de separar a Microsoft duas décadas atrás. Opções menos severas incluem forçar o Google a compartilhar mais dados com concorrentes e medidas para evitar que a empresa obtenha uma vantagem injusta em produtos de IA, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas ao discutir conversas privadas.
Independentemente disso, o governo provavelmente buscará uma proibição dos tipos de contratos exclusivos que estiveram no centro do caso contra o Google. Se o Departamento de Justiça avançar com um plano de desmembramento, as unidades mais prováveis para desinvestimento são o sistema operacional Android e o navegador web Chrome, disseram as fontes.

As discussões do Departamento de Justiça se intensificaram após a decisão do juiz Amit Mehta, em 5 de agosto, que constatou que o Google monopolizou ilegalmente os mercados de busca on-line e anúncios em texto de busca.

A empresa afirmou que vai recorrer dessa decisão, mas Mehta ordenou que ambas as partes comecem a planejar a segunda fase do caso, que envolverá as propostas do governo para restaurar a concorrência, incluindo um possível pedido de desmembramento.

Créditos da imagem: Divulgação/Commons

Escrito por: Rafael Ajooz

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