Caso Kaleb Gabriel: Legista aponta que menino de 2 anos morreu após lesão no pâncreas

Nesta quarta-feira (17), morreu o menino de apenas 2 anos Kaleb Gabriel da Cruz Lisboa. De acordo com o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), a morte do menino foi causada por traumatismo do abdômen com lesão do pâncreas por ação contundente, ou seja, uma pancada na região da barriga. A mãe e o padrasto de Kaleb disseram em entrevista que o menino havia caído da cama, mas outros familiares suspeitam que ele sofria maus-tratos.

Após a investigação de um especialista, concluiu-se que o trauma no pâncreas não condizia com uma simples queda da cama, versão defendida pela mãe, Aline Júlia da Cruz Conceição, e pelo padrasto do menino, Matheus Pereira Rufino Isidoro. Eles disseram que Kaleb brincava o irmão mais novo, de 11 meses, quando aconteceu o acidente, na última terça-feira (16). Porém, Kaleb não apresentava ferimentos na cabeça, o que sugeria que a dor do rompimento teria sido causada por algum machucado mais profundo.

O menino chegou a ser levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque e depois para o Hospital Municipal Albert Schweitzer. Na Upa, Júlia alegou ausência de médicos e de equipamentos. Já no hospital, a família diz que os especialistas não fizeram os exames necessários e deram alta médica para a criança. Devido a isso, Matheus registrou um boletim de ocorrência contra o hospital, por negligência.

A tia de Kaleb, Érica Lisboa dos Santos, disse em entrevista que suspeitava de que o menino estivesse sofrendo maus-tratos.

Ele falou que se a gente gostasse do nosso sobrinho mais novo, o outro filho do meu irmão de 11 meses, era para a gente tirá-lo de lá. Ele disse que o atual namorado da minha ex-cunhada maltratava o Kaleb, batia nele. Ele disse que o atual padrasto não gostava do meu sobrinho e que já tinha presenciado agressões contra ele”, contou a técnica de enfermagem.

Na manhã desta quinta (18), a mãe e o padrasto de Kaleb estiveram no IML e negaram todas as acusações.

Eu, como mãe, não ia aceitar ninguém maltratando os meus filhos, ninguém. Nem pai, nem padrasto, nem tia, nem vó, ninguém. Porque eu carreguei nove meses e só eu sei a dor que eu estou sentindo agora”, afirmou Aline.

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução