Quadrilha responsável por furto, clonagem e venda de carros alugados é alvo de ação na Zona Oeste

Uma operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (18) tem como alvo uma quadrilha que furtava, clonava e vendia veículos de locadoras. A Operação Reditus, que em latim significa retorno ou retribuição, está cumprindo dez mandados de prisão e 23 de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais nos bairros de Campo Grande e Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Até o momento, sete pessoas foram presas.

As investigações começaram na 21ª DP (Bonsucesso) após a prisão em flagrante de membros de organizações criminosas especializadas em furtar veículos de locação em 2022 e 2023, incluindo um dos chefes do Morro dos Prazeres, conhecido como Cocão. Os agentes identificaram uma quadrilha que praticou sucessivos furtos de carros dessas companhias, resultando na identificação de dez membros e na expedição de mandados de prisão pela Justiça.

Entre os presos está Jenifer Carolina Leite, que foi conduzida junto com a mãe para a Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte. Na casa delas, foi encontrada uma arma falsa. Os outros detidos foram identificados como Cláudio Lucas da Silva, Gabriel da Silva dos Santos, João Victor Costa, Luan Rafael de Souza, Roberto Jorge de Andrade e Wallace Carvalho da Cunha. “O bloqueio de bens desses integrantes foi determinado pela Justiça e estamos tentando recuperar os ativos para ressarcir as vítimas”, explicou o delegado titular da 21ª DP, Álvaro Gomes.

Segundo as investigações, um dos membros da quadrilha, com o nome limpo, alugava um automóvel de alto padrão e levava o carro para os endereços dos outros integrantes, onde um rastreador era instalado. Em seguida, iam a um chaveiro de confiança para fazer uma chave reserva e devolviam o veículo à locadora. Os criminosos monitoravam o carro e, quando fosse alugado por outra pessoa, esperavam que fosse estacionado em locais públicos e de grande circulação para realizar o furto com a chave reserva.

Após o crime, o GPS original era desligado e o veículo levado para oficinas usadas pela quadrilha, onde eram clonados e vendidos para milicianos da Zona Oeste, que os utilizavam em crimes ou revendiam. Os automóveis também eram anunciados em sites por preços muito abaixo dos de mercado e comprados por pessoas que sabiam da origem ilícita. Em outros casos, compradores acabavam vítimas de estelionato, com os bandidos simulando carimbos de revisões e vendendo os carros por valores próximos aos de mercado. Os veículos ainda eram repassados para outros estados do Brasil e para o Paraguai, e alguns enviados para desmanches, onde as peças eram retiradas e vendidas. Até o momento, quatro veículos foram apreendidos e as equipes continuam as buscas pelos últimos três alvos.

 

Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O DIA