Maratonista Daniel Nascimento testa positivo para doping e está fora de Paris 2024

O maratonista brasileiro Daniel Nascimento testou positivo para doping e está fora das Olimpíadas de Paris 2024. Em um teste surpresa realizado no dia 4 de julho, três substâncias proibidas foram detectadas: drostanolona, metenolona e nandrolona. Esses hormônios anabolizantes, pertencentes à classe S1 de esteroides anabolizantes da WADA, são conhecidos por aumentar força e potência muscular, além de acelerar a recuperação.

A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) confirmou a suspensão de Daniel e de sua namorada, Graziele Zarri, cujos exames também apontaram a presença de substâncias proibidas. A penalidade inicial para casos de doping envolvendo essas substâncias pode chegar a quatro anos de suspensão, embora a pena possa ser reduzida se o atleta comprovar a ausência de intenção.

Daniel Nascimento, que havia se classificado para Paris ao atingir o índice olímpico em Hamburgo em abril de 2023, agora enfrenta a possibilidade de uma longa suspensão. Ele deverá responder ao processo e poderá tentar provar contaminação para reduzir a pena.

Histórico de doping no esporte brasileiro inclui casos notórios, como o do lutador Anderson Silva, suspenso por um ano, e o nadador André Calvelo, suspenso por quatro anos. No cenário internacional, a bielorrussa Nadzeya Ostapchuk perdeu sua medalha de ouro olímpica por uso de metenolona.

Daniel também protagonizou momentos de destaque e controvérsia em competições anteriores. Nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, ele se atrasou e não conseguiu competir. Já em Tóquio 2020, Daniel abandonou a maratona após passar mal, mas não antes de cumprimentar amigavelmente o bicampeão olímpico Eliud Kipchoge.

 

Foto: ABDA