Defesa de John Textor alega precipitação e adia julgamento no STJD

O dono da SAF do Botafogo, John Textor, conseguiu adiar o julgamento que estava previsto para esta quarta-feira (10) no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O julgamento diz respeito a áudios de juízes reclamando de falta de pagamento de propinas e a denúncia contra Textor por não apresentar provas ao tribunal.

Textor foi enquadrado em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): o 220-A, referente a “deixar de colaborar com órgãos da Justiça Desportiva na apuração de irregularidades”, e o 223, que trata de “deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de decisão, resolução e transação disciplinar desportiva”.

Inicialmente, Textor não se sentiu obrigado a compartilhar as provas com o STJD, tendo entregue o material ao Ministério Público. No entanto, ele acabou cumprindo uma determinação do tribunal e entregou a coleta de provas. A defesa de Textor argumentou que houve precipitação na conclusão dos inquéritos, o que representaria uma “violação de ampla defesa”. O STJD acatou o pedido de adiamento.

O novo julgamento deve ser marcado após o dia 15 de agosto, quando Textor terá uma reunião com o CBMA (Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem). Com isso, a defesa do empresário americano ganhou tempo para formalizar sua estratégia, considerando que a reunião com a entidade será uma oportunidade para um novo julgamento em condições mais equilibradas.