Violência em Costa Barros prejudica operação da SuperVia e reduz passageiros em 60%

A SuperVia enfrenta sérios desafios operacionais no ramal de Belford Roxo após um fim de semana marcado por intensos confrontos em Costa Barros, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os incidentes, que resultaram em pelo menos três mortes, incluindo a de um policial militar, também causaram danos à rede aérea dos trens devido a disparos de arma de fogo.

Segundo a concessionária, a falta de segurança na região impede a equipe de manutenção de realizar reparos necessários na rede aérea atingida. Como resultado direto dessa situação, a SuperVia relatou uma redução dramática de 60% no número de passageiros no ramal.

“A situação de violência em Costa Barros impediu nossa equipe de realizar os reparos necessários na rede aérea danificada por tiros no sábado à noite. Devido a este cenário de insegurança, enfrentamos mais um impacto significativo em nossa operação nesta segunda-feira, com uma redução de 60% no número de passageiros no ramal Belford Roxo”, afirmou a empresa em comunicado.

A operação dos trens no trecho afetado segue irregular, obrigando os clientes a trocar de composição na estação Mercadão de Madureira para prosseguir viagem até os terminais. A SuperVia destacou que esta medida é crucial para evitar a paralisação completa dos serviços.

A empresa deixou claro que só enviará suas equipes de manutenção para o local quando a situação de segurança estiver normalizada. Enquanto isso, a Polícia Militar continua reforçando o policiamento na região, sem relatar novos confrontos até o momento.

Os incidentes ocorreram quando traficantes do Chapadão, vinculado ao Comando Vermelho (CV), tentaram invadir a Pedreira, controlada pelo Terceiro Comando Puro (TCP). Os confrontos envolveram intensos tiroteios com uso de munição traçante, levando a uma operação de emergência da Polícia Militar para conter a situação. Além do policial militar e de um soldado do Exército, uma terceira pessoa também perdeu a vida durante os eventos.