Macaco Tião vira nome de cerveja artesanal no BioParque do Rio

O famoso Macaco Tião, personagem icônico do antigo zoológico do Rio de Janeiro, agora dá nome a uma cerveja artesanal lançada pelo BioParque do Rio. A “Cerveja do Tião” será vendida exclusivamente no Boteco do Tião, localizado dentro do parque em São Cristóvão. A bebida é uma lager clara, puro malte, com baixo teor de fermentação e 5,5% de teor alcoólico.

Um personagem histórico

A cerveja foi criada em parceria com Elbers Bier, BioParque do Rio e Instituto Conhecer Para Conservar. Parte da renda obtida com a venda será destinada a projetos de conservação da biodiversidade apoiados pelo parque. Marcos Traad, zootecnista e diretor técnico do Grupo Cataratas, destaca a importância de manter viva a memória do macaco Tião, que se tornou uma figura única e simbólica.

O famoso candidato a prefeito

Em 1988, o Macaco Tião ganhou notoriedade nacional quando foi lançado como candidato a prefeito do Rio pela revista de humor Casseta Popular. A campanha, que era uma crítica bem-humorada ao cenário político, teve grande repercussão, resultando em cerca de 400 mil votos, suficientes para colocá-lo em terceiro lugar se fossem validados. Tião entrou para o Guinness World Records como o chimpanzé que recebeu mais votos no mundo.

Homenagens no BioParque

Além da cerveja, o BioParque do Rio homenageia o macaco Tião com uma estátua na entrada do parque, uma alameda com palmeiras imperiais e o Boteco do Tião. Tião, que nasceu em 1963, ganhou o nome em homenagem a São Sebastião, padroeiro do Rio. Ele era famoso por seu temperamento e por jogar restos de comida e lama nos visitantes.

Curiosidades sobre Tião

Jorge Luiz de Oliveira, um dos tratadores de Tião, revela que o macaco tinha suas manias e precisava ser agradado constantemente. Tião era fascinado por luzes e passava as noites admirando as torres iluminadas no Morro do Sumaré. Ele também tinha uma predileção por mulheres loiras, especialmente as que usavam botas.

Tião faleceu em 23 de dezembro de 1996, aos 33 anos, devido a complicações de diabetes. Sua morte levou o município a decretar luto oficial de três dias. Seus restos mortais foram levados para o Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro, em Guapimirim, e uma estátua foi erguida em sua homenagem no zoológico.

Um legado que vive

Com a criação da Cerveja do Tião, a memória do macaco mais famoso do Rio continua viva, agora também promovendo a conservação ambiental e a conscientização através de uma deliciosa cerveja artesanal.

 

Foto: Reprodução/BioParque