Nikki Hiltz será primeira pessoa não-binária a representar os Estados Unidos nas Olimpíadas

No domingo (30), um recorde foi derrubado na disputada seletiva olímpica do atletismo dos Estados Unidos. Nikki Hiltz fez o melhor tempo da história da competição nos 1500 metros feminino, com 3min55s33 – quase três segundos menos do que a marca anterior, de 3min58s03. Com o feito, Nikki conquistou a vaga em Paris e será a primeira pessoa trans não-binária a representar o país norte-americano nas Olimpíadas.

Trans não-binárias são aquelas pessoas que não se identificam com o gênero designado no nascimento (no caso de Nikki, o feminino) nem se encaixam em padrões estabelecidos para feminino e masculino. Esses indivíduos podem ter identidade que mescle os dois gêneros ou se vê como fora dois dois.

Quinn, da seleção feminina de futebol do Canadá, foi a primeira pessoa abertamente trans não-binária a participar dos Jogos Olimpícos, em Tóquio 2020. Ficou, inclusive, com a medalha de ouro, até então inédita para canadenses na modalidade. Tentará mais um pódio em Paris.

Após vencer a qualificatória dos Estados Unidos, Nikki Hiltz ressaltou que a importância de sua vaga olímpica ia além das pistas ou dos próprio anseio pessoal:
“É maior do que eu. [Domingo, 30 de junho] É o último dia do Mês do Orgulho. Queria correr pela minha comunidade. A todos os meus amigos LGBT, vocês me trouxeram pelas últimas centenas de metros. Eu podia sentir o amor e o apoio”, disse.

Créditos da imagem: Divulgação/Commons

Escrito por: Rafael Ajooz